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estúdio gal opiddo

Cidade

São Paulo

-

SP

Projeto

2002

Obra

construído

Equipe

Arquitetura: Antonio Carlos Barossi, Milton Sussumu Nakamura, Caio Faggin e Eduardo Crafig

Cores e mobiliário: Gal Oppido
Infra-estrutura: Ricardo Trentini
Estrutura: Américo Griecco
Estrutura metálica: Romão Ribka
Projeto de instalações: Nestor Caiuby
Construção: Barossi & Nakamura Arquiteto

Arquivos

Programa: Estúdio fotográfico.


Descrição: Estrutura mista com blocos de concreto estrutural nas duas paredes de divisa e na parede longitudinal que divide o térreo em dois vãos menores separando a administração (espaço único) dos serviços (ambientes separados) e que recebe as cargas verticais do piso do estúdio; laje pré-fabricada em painéis alveolares protendidos; estrutura metálica com perfis de aço dobrados e chapas soldadas na escada, passarela e cobertura constituída por telhas térmicas duplas de chapa aço galvanizada, pré-pintada com miolo de poliuretano expandido.


Um destaque técnico-construtivo desta obra é a caixa d’água. Para não ter mais um elemento construído sobre o estúdio, optou-se por não fazer reserva de água. Para garantir os 500 litros necessários para a interrupção de um dia no fornecimento, foi aumentada a seção da própria tubulação de alimentação que, vindo do cavalete, abastece o edifício. Essa seção (200 mm), que comporta o volume necessário, ocorre em um segmento da tubulação, que passa sob o forro em toda a extensão longitudinal do estúdio internamente, junto à parede de divisa. Na interrupção do fornecimento de água, duas válvulas de retenção no início do alargamento da seção garantem tanto a entrada do ar para escoamento da água como o fechamento da alimentação externa para evitar retorno. Testes realizados na obra indicaram a possibilidade da utilização de tubos e conexões de águas pluviais reforçados nos pontos críticos com a duplicação do tubo (um dentro do outro) e o preenchimento do vazio entre um e outro com poliuretano expandido. Tornaram-se desnecessários, assim: estrutura, bóia, registro de entrada e saída, de limpeza e a própria limpeza, e o mais importante: ficou bonito.


Comentários: As necessidades espaciais do estúdio compreendiam basicamente três espaços: um salão amplo com pé-direito duplo para o estúdio propriamente dito, uma área administrativa aberta (abrigando também recepção e reuniões), e um conjunto de ambientes fechados de apoio (depósitos, sanitários, laboratórios, etc.).


Para obter a maior área possível para o estúdio, apropriando integralmente o lote da frente aos fundos para todas as atividades, optou-se por fugir do arranjo usual para esse tipo de programa com galpão no fundo para a atividade principal e mezanino na frente para as áreas de apoio, adotando uma solução com a administração e serviços todos em baixo, permitindo vãos menores e o salão em cima, com vão total; articulados pelo quintal no fundo, extensão da copa, área estratégica do café e encontro.


A orientação permitiu nos fundos uma abertura envidraçada em toda a altura, integrando o quintal ao espaço interno, onde um espelho d’água, uma passarela cênica que leva o estúdio diretamente para fora e uma plataforma em um nível intermediário a meio caminho do estúdio, configurando o lugar da copa, oferecem cenário privilegiado para o estar do café e para fotos externas.


De um pequeno shed escorre luminosidade discreta sobre a empena frontal num contraponto à grande abertura do fundo, garantindo também a aeração, ascendente e cruzada, para o estúdio. Duto sobre o forro ventila os serviços naturalmente.


Uma grande porta frontal, no estúdio, facilita eventual acesso de objetos de maior porte diretamente da rua.

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